domingo, 13 de novembro de 2011

QUERO PARA SEMPRE O DIA!

H. Zabateri decoupage

Levo no peito um vendaval
que me persegue.
Será castigo,
ou dor onde me afogo angustiada?
Meu dia prossigo,
já não sou eu, não sou nada!
Levada p'lo caudal desta  tormenta,
estrondoso trovão que rebenta,
ruge em minha alma agitada.

Vagueio entre Abril e Setembro
E já não lembro...!
Vou morrer apagada!
Constelação que já não ilumina
Mas noutra dimensão,
viverá pra sempre a menina.
Ninguém a arrancará de mim
Nem a morte... nem mesmo assim!

O tempo é fantasma no meu passo
Alvorada matutina?
Não... É já só entardecer,
ao resto do dia me abraço.
Ontem era menina,
hoje me sinto a morrer.

Quero para sempre o dia!
E a primavera virá... deixai-me a esperança.

Deixai-me sonhar,
Que há-de surgir o despertar
Esqueço a caminhada sombria.


rosafogo
natalia nuno

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