terça-feira, 23 de novembro de 2010

ENQUANTO VONTADE TIVER

ENQUANTO VONTADE TIVER

Nasci esta noite enquanto a manhã vinha

Despedi-me do ontem, onde já sou fumo

Pesada de tanto passado, vida minha!?

Esperança é nada...nada é meu rumo!



Sempre repetindo a mesma ladainha

Com a saudade do lado esquerdo onde se aninha.



Criança me sinto no palco da Vida.

Trepo às estrelas, páro o meu destino

Esqueço a idade já enegrecida

Sou pássaro farto, cansado, perigrino.



Vivo por aqui!

Morro por ali!



Quando escrevo, sinto-me viva

Inteiramente viva.

Posso escrever o que eu quiser!

Que a minha liberdade é verde

Enquanto vontade tiver

Palavra alguma se perde.

Ela que de alegria e tristeza me criva.



Nasci esta noite enquanto a manhã vinha

Tive medo, que tardasse a madrugada

Que este verso se finasse da angústia minha

E me deixasse de alma quebrada.



rosafogo
natalia nuno

2 comentários:

Anónimo disse...

Crescemos na palavra quando ela é razão do nosso ser...

(obrigado,pela visita.
volte,sempre!)

orvalhos poesia disse...

Grata fico eu pela visita João.
Bom te sentir.

Abraço