sábado, 30 de outubro de 2010

NOSTALGIA DA INFÃNCIA













NOSTALGIA DA INFÃNCIA
Desce a noite de repente
A fuga do tempo é tamanha!?
Colho a solidão da tarde amargamente
Esta que sempre me acompanha.
Revejo meu caminho desde criança
Sinto o fumo do acender do forno
O odor do pão quente na lembrança
Um sopro no rosto húmido e morno.

Sinto tapete de erva tenra, ouço o rio
Também já ao longe o chamar da mãe
Na minha lembrança está preso por um fio
Preciso ouvir mais, quero ir mais além!

Jamais nos separarão!
Estas lembranças surgem espontaneamente
Apesar da distância o meu coração
Tem o condão de as ressuscitar súbitamente.

Deixo este poema preso na distância
Nestas horas sombrias feitas de saudade
No colo que foi meu na infância
E na amarga solidão deste findar de tarde.



rosabrava
natalia nuno

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