terça-feira, 3 de agosto de 2010

PALAVRAS VIGIAS DO TEMPO



















Palavras vigias do tempo


Fervilham pensamentos dentro de mim
Hoje, é a palavra quem fala
E meu rosto, minha vontade e assim!?
Também meu coração não se cala.
Minhas palavras são pobres, impotentes
Não uso palavras caras nem chavões
Defendo a poesia com calor e generosidade
Com poemas melancólicos, benevolentes
A minha poética vem de longe tráz saudade
E gritos que chegam aos corações.

Entrego-me à palavra com sofreguidão
às vezes dentro de mim adormecida
E se o pânico se apodera do coração?!
Vou perdendo a memória e com ela a vida.

Então meu sonho se desfaz aos bocados
Nada voltará a ser como dantes?
Borbulham em mim imagens de passos dados
Desafiando minhas horas amargas e inquietantes.
Trago um sentimento em mim arreigado
Sou sensível à palavra e seu rigor
No silêncio meu desejo trago amotinado
Talvez da idade, a tudo eu dou mais valor.

Meus versos se ficam sofridos, p'lo caminho
Já não querem ser lidos nem ouvidos
Talvez de afectos até façam ninho
Quem sabe?!
Não possam vir a ser versos queridos?!



natalia nuno

3 comentários:

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Minha querida
Mais um belo poema...muito inspirado.

Beijinhos
Sonhadora

Sonia Parmigiano disse...

Natalia,

Vir aqui é sempre um encantamento...fico viajando em seus versos, querendo levar todos comigo...

Muito grata por sua visita!!!

Um grande beijo poetisa!

Reggina Moon

orvalhos poesia disse...

Meu agradecimento, são carinhosas minhas amigas.
Um beijo carinhoso.

da natalia