terça-feira, 14 de janeiro de 2020

deito-me à estrada...


a saudade é este vento agreste
que passa por mim com seu hálito
fresco, misterioso e saudoso
com ele traz as lembranças vivas
e meu olhar tumultuoso fica em festa
o coração um vulcão
a explodir de amor e, a saudade
é a cor que dá vida ao meu erguer
é a seiva do meu viver
a secreta maresia, que faz com que passe
a fronteira da tristeza à alegria.

meus dedos serão moinhos de vento
nada a barrar-me este antigo caminho
sou livre de pensamento
meu caminhar nunca será escuro cinzento
deito-me à estrada com coragem
que a vida é uma passagem
cheia de espinhos e rosas
e pétalas de emoção
saudade tiritando no coração.

incuráveis são as minhas palavras
que se soltam sonhando,
são pombas que nem o tempo pára.
por entre pedrinhas do ribeiro saltitando
e brincam como papoilas em seara.

natalia nuno
rosafogo
imagem (pintarest)


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