domingo, 21 de maio de 2017

ao nascer da aurora...



adivinha-se o nascimento irresistível
da alvorada no imenso horizonte campestre
o meu pensamento relembra o tanto amor
que me deste,
perscruto a paisagem como que à espera
do eco da voz conhecida
do amor da minha vida...
ao fundo da colina,
vejo-me ainda menina
a aurora cresce hora a hora
enquanto o meu pensamento relembra
as minhas mãos perdidas nas tuas mãos,
nossos dedos entrelaçados
dois corações que se encontram enamorados
sinto até medo de espantar a felicidade
rezo para fazer o tempo parar
e com os olhos húmidos de ternura
lembro-te com saudade
enquanto teu braço m' rodeia a cintura

de repente fica o sonho nublado
sinto o peso da idade os dias de solidão
tremo como um pássaro apanhado
e olho longamente com olhos de sonho
a querer abraçar-te, para que o sonho não
seja mais um para sempre perdido
e num gesto de ramo florido
de tília ou de jasmim
dizer-te que ainda te amo tanto
quanto me amas a mim...

natalia nuno
rosafogo







2 comentários:

Beijaflor disse...

Olá Natália!

Nessa aurora que percorres
Com toda essa intensidade
Os motivos, são tao nobres
Onde desagua, a felicidade!

Poema intenso e perfumado como é teu timbre tao peculiar. Como se voa sem asas? Aqui está a resposta da poetisa Natália!

Tudo de bom!

Beijos

orvalhos poesia disse...

Sonhando meu querido amigo, voamos até ao infinito esquecendo tudo ao redor, nos sonhos nada nos impõe fronteiras, despertamos com um novo vigor e aí escrevemos poesia d'amor e saudade...por falar em saudade, andava preocupada contigo, ainda bem que estás óptimo, trazes-me sempre um vento novo, uma nova luz... e eu te agradeço...

Beijinho fica bem João