quinta-feira, 23 de março de 2017

confusão de difusas luzes...



o dia a querer fugir
enquanto a saudade se aperta
contra o meu peito
e esta ferida aberta que se aproxima e se evade
como sonãmbulo vento, na noite deserta
procuro-te, e sinto-te cada vez mais distante
foste o sol que subias p'lo meu corpo
abrindo clareiras, brilhante...
agora, invento sonhos quando a solidão
me traz carência de ti, a tua ausência
é um tempo onde escuto a tristeza
é com certeza o verdor onde verdeja
o meu instinto, a minha resignação,
esperando um tempo de alegria, de fragrâncias
de atiçados ventos, que me devolvam os momentos
de amor...e de paixão.

perco o olhar numa lânguida vastidão
o céu é um mar de estrelas,
fico nesta hesitação
ainda com tantas palavras por dizer
procuro esse corpo de desejo que me falta,
um pranto sem palavras dos meus olhos salta
vindo do fundo do meu ser...

já lendários se tornaram nossos dias
e apesar das ausências e regressos
os teus olhos penetram no meu espanto
e eu quero-te tanto....

natalia nuno





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