sábado, 29 de agosto de 2015

recordações...



cartas de amor amarelecidas
guardadas como preciosos metais
com  doçura e o perfume de rosas
incenso que paira sobre o que não
volta mais...
quem sabe floresçam na primavera
os sonhos nelas encerrados
cartas de amor quem dera
leio agora com meus olhos cansados
já não me deixam sorrir
nelas meus sonhos quebrados
não passam de folhas de papel enegrecidas
cartas de amor amarelecidas
lágrimas a embaciar o olhar
tudo o tempo levou e teimou
em pouco ou nada deixar...
nos meus olhos uma sombra desolada
ergueu-se um muro
entre o passado e o presente
que só o coração sente.

cartas de amor. umas linhas d'amor
mitos de felicidade, da juventude o fragor
sinto o outono nos ramos mais tristes
da saudade.

natalia nuno

1 comentário:

Paulo Knop disse...

Lindo. Pena que não se escreve mais cartas. Não ficarão amarelas, não ficarão esquecidas. Esquecido... Ficaram as relações humanas.