Vou por aí o tempo escasseia
caminho difícil antes do fim
vou urdindo teia a teia...
procurando horas de felicidade
ainda que o tempo fuja de mim.
e só reste um pouco de saudade.
Hei-de ir por aí mesmo cansada
este é meu caminho a percorrer
n' quero perder o fio à meada
e se um dia me hão-de ver
a seguir por outra estrada
não foi...a por mim traçada!
Vou por aí neste meu sentido,
seja ou não grande m' loucura
a vida é fantasia e pouco dura
se no caminho tiver adormecido
ou se me virem por aí caída!?
levo amor, não levo a dor fingida
Se a morte me quiser engolir
ainda irei por aí, pra lá de tudo,
cabe-me a mim a vida conduzir
andando neste meu passo miúdo
não deixarei nenhum recado
levo presente, futuro e passado
Não, não desisto de ir por aí!
levo comigo tudo que me resta
levo as rimas que um dia escrevi
sobre alecrim, madressilva, giesta
e as outras que ao amor dediquei
gestos, afectos, o que cantei e chorei.
natalia nuno
rosafogo
2 comentários:
Olá Natália
Leio, e volto a ler
Ao mesmo sítio vou ter
Sempre na roda certa
Nessa alma, de poeta!
Mais um belo poema onde nada fica escondido! Alma dependurada de par em par onde tudo fica exposto! Tao transparente como água cristalina!
Beijos
João
Olá João
Não tenho tido muito tempo, estou em Madrid, vim no sábado e fui por Toledo, Escourial e Vale dos Caídos,
ontem e hoje aqui por Madrid, como é fatigante queremos ver tudo, hoje fui ao museu do Prado e outro da baronesa Thyssen, fiquei estourada, ainda assim vim aqui ver se conseguia internet e dei aqui com o teu comentário, então ainda ganhei força para falar um pouquinho contigo e agradecer-te por mais uma vez teres vindo ler-me.
E tu como estás? Espero que bem.
Beijinho
daqui por uma semana volto a casa aí sim para descansar que isto de ser turista já é demasiado cansativo.Tudo bom para ti.
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