sábado, 24 de julho de 2010

DESALENTO POÉTICO



















DESALENTO POÉTICO

Se a multidão me bater à porta?!
Digam, digam que já estou morta

Que deixo minha poesia em pedestal
Para perdurar na memória de alguém
Perdi-me de cansaços nesta recta final
Morro a cada hora despida de memória
me sinto ninguém.

Como posso alguma coisa querer?
Trago minhas memórias em remoinho
Andou a vida a me entreter
Colocou a saudade no meu caminho.

Esta vida que me tolhe os passos
A minha liberdade é toda ilusão
Vale-me a força dos abraços
E o calor que ainda ateia meu coração.

Meus olhos perpasso pela extensão,
dum longo passado que amargo acaba
Pergunto com a mesma tristeza ao coração!?
P'ra quê a força com que a Vida amava?!

Pégadas deixarei por aí!
Amanhã, pode ser falso andar por aqui!
Se a multidão me bater à porta?!
Digam, digam que já estou morta.


natalia nuno
rosafogo

2 comentários:

Anónimo disse...

Hoje venho agradecer seu carinho e
suas visitas carinhosas aqui no meu espaço, que sempre serão muito bem vindas.Te desejo um Domingo de alegrias e paz!

Um beijo no coração de cada um de voces... M@ria

orvalhos poesia disse...

Obrigada Maria também para ti muita serenidade,
tudo bom te desejo.

beijinho amiga
natalia nuno