quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

presente sem retorno...

lágrimas que são tão finas
caídas quase em torrente
caem dos olhos cristalinas
dói o coração que as sente

voltam à tona as tristezas
na madrugada molhada
e são tantas as incertezas
que da vida sigo cansada

não há pra mim surpresas
nem oásis onde descansar
foi-se o sabor das certezas
deu-se o colapso de amar

minha voz já não vai longe
apagada em nuvem ardente
silenciosa como a do monge
q' em silêncio reza p'la gente

meus sonhos são incolores
escuto o corpo e o coração
onde vivem restos d' amores
sobre o crepúsculo do verão

natalia nuno

1 comentário:

Roselia Bezerra disse...

"Foi-se o sabor das certezas
deu-se o colapso de amar".

Boa noite de Paz, querida amiga Natália!
Muitas vezes, acontece assim e nada mais resta a fazer.
Tenha dias abençoados!
Beijinhos fraternos