segunda-feira, 23 de setembro de 2024

canto confidente...




minha alma murmura
enquanto meus dedos escrevem,
o que meus sonhos lhe pedem

meus olhos aguentam a secura
galgam distâncias como luas
brilhando, com saudades tuas!

trago lírios brancos, 
nos dedos de solidão
ficam as paredes do coração,
em floração

sonolentas as palavras amontoam
nos meus lábios roxos de rapariga

e os pensamentos doem pois que
doam!
que os pássaros já entoam no jardim
nostálgica cantiga

também eu canto com veemência
para que a poesia nunca silencie
que a sede inteira
 passe por mim, e por ti
enquanto a vida não nos passe
uma rasteira.

natalia nuno
imagem pinterest


2 comentários:

Roselia Bezerra disse...

"meus dedos escrevem,
o que meus sonhos lhe pedem"

Olá, querida amiga Natália!
Tenha um outono inspirado!
Beijinhos

orvalhos poesia disse...

Igualmente querida Roselia.
Infelizmente para mim este ano foi péssimo, agora rebentou-me uma veia na perna sem esperar, uma grande infecção, o meu caminho tem sido hospital e tratamentos, dizem ter sido uma bactéria que apanhei que provocou o rebentamento, a perna ficou vermelha e dormente e entretanto abriu-se na pele um buraco espirrando sangue. Vamos ver até quando vai durar este tratamento. É assim desta forma que a vida vai correndo, ando com muita falta de estímulo, mas há-de passar.
Beijinho, saúde para ti.