o tempo é de poucas alegrias
ou de poucas eu me lembro,
foram alegres os dias
d'outro Agosto, d'outro Setembro
abro as janelas às estrelas
para ver se alguma cai,
imagino-me a falar com elas
do tempo, que mal vai.
falaram-me então do sol
mas da chuva nem sinal
e sem ela o girassol
morre de sede é fatal.
reclama a terra, maresia,
e orvalho pela manhã
abri a janela ao dia
minha esperança morre vã.
segue o mundo desvairado
guerra, seca, falta de pão
o ser humano desumanizado
matando irmãos, sem razão!
está na hora de acordar
os sonhos trazer de novo à vida
voltar a desejar, a amar,
deixar a brutalidade esquecida.
natalia nuno
rosafogo
4 comentários:
Querida amiga Natália, bom dia!
Deixar a brutalidade esquecida...
Que maravilha de verso!
Quando abrimos a janela do nosso 💙, tornamo-nos dóceis e as delicadezas nos cercam.
Tenha dias abençoados!
Beijinhos
💐😘
Minha querida...Que o sonho esteja sempre contigo. Deixamos de viver quando deixamos de sonhar. Adorei como sempre. Um beijinho
Grata querida Rosélia, desejo-te óptima semana
beijinho, saúde.
Olá Rosa Maria, fico grata pela tua presença e apreço.
Coisas simples vou escrevendo, agora mais espaçadamente por causa da vista, ando menos por aqui.
Beijinho oxalá estejas bem, boa semana.
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