ao longe a voz do vento
ouço-a no meu horizonte
trago calado o pensamento
vou atravessando a ponte.
e no tempo que me resta
cedo à ansiedade da pressa
e à vida que não foi festa
não bato palmas nem peço meça
onde me leva o destino?
penso eu neste fim de tarde!
neste poema pequenino
talvez dele venha a verdade,
poema onde navego
neste meu mar em liberdade
e sempre que eu lhe pego
é na hora da trindade.
da lembrança varri os dias
de sombras no meu caminho,
esqueci as mágoas sombrias
escrevi memórias em pergaminho.
escrevo onde o amor floresça
mesmo com o céu pardacento
e se fôr a saudade que cresça
no coração, acolho-a no momento.
será o vento que há-de soprar
tudo o que perdi de vez
e quando o coração pagar
o preço da vida, talvez,
se acabe para sempre a solidão
porque o tempo nunca espera
traz a morte pela mão...
não insisto ficar, mas a espera desespera...
natália nuno
rosafogo
6 comentários:
E assim se escreve linda poesia. Gostei muito. O meu elogio
.
Abraço poético
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.
Obrigada amigo Ricardo, bom saber sua opinião, pois é um Poeta que admiro.
Um abraço
Olá, querida amiga Natália!
"... escrevo onde o amor floresça
mesmo com o céu pardacento."
Cada poema seu é uma catarse do coração.
Tenha dias abençoados!
Beijinhos com carinho fraterno
😘🕊️💙💐
Grata querida Rosélia, desejo igualmente que passes bem, sejas feliz.
Beijinho
Sempre, sempre a beleza deixa transparecer algumas notas de nostalgia nos teus poemas, Natália...
Continuo na minha "missão impossível", mas tive de parar um pouco para descansar...
Um grande beijinho!
"da lembrança varri os dias
de sombras no meu caminho,
esqueci as mágoas sombrias
escrevi memórias em pergaminho."
Um belo poema. Que mais acrescentar?
Uma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
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