terça-feira, 12 de julho de 2022

a horas mortas...



não escolho as palavras
são desejos que por mim passam
sonho com elas, um sonho que não faz ruído,
na minha mente desfilam
e ondulam como um mar erguido.
apresento-as ao mundo, para que minha voz
se espalhe,  como um caudal de luz,
e é atroz senti-las a afogar-se nas águas
dum mar infinito,
levando meu grito, minhas mágoas 
sem querer ouvir o meu sentir,
fogem de mim a horas mortas
nem sei porque as escrevo, só Deus
escreve por linhas tortas!
não escolho as palavras
escrevo como um recém nascido que chora,
com a saudade que no meu coração mora.
memórias escritas que são folhas que caem
em solidão e esquecimento,
move-se minha mão, que não sei porque escreve,
quando o pensamento lhe diz que não deve,
alguma coisa o coração embriaga
será o aroma de pétalas pela vida esmagadas?
ou a esperança, talvez o destino me traga
aos dias, rosas belas perfumadas.

natalia nuno
rosafogo
imagem pinteres




2 comentários:

Cidália Ferreira disse...

Gostei bastante! Obrigada
.
Beijos
Boa noite.

Roselia Bezerra disse...

Boa tarde de paz, querida amiga Natália!

Não sabe porque escreve a poetisa, mas nós gostamos muito quando o faz.
Venho lhe convidar a participar do aniversário do nosso blog onde já esteve figurando homenageado:

https://entrenosduasflores.blogspot.com/2025/02/rosanne-pomerleau-entre-nos-3-anos-do.html

Será um prazer tê-la ENTRE NÓS.
Tenha dias abençoado!
Beijinhos fraternos