se tudo é solidão
se o dia é olhar a janela
e por aqui me detenho,
o vidro fica fosco nela
e o pensamento pergunta em vão
afinal pra onde vou, de onde venho?
à memória lezírias extensas
do passado,
e em sonhos asas me levam
sempre a algum lado.
mas, um desapego sinto em mim,
a solidão carrego
no chão do meu rosto há sinais
que poema algum traduzirá jamais
o corpo adormece
fica o sonho tristonho e lento
tudo é silêncio e parece
ser eu, folha arrastada pelo vento.
tecida pelos meus dedos
trago a palavra vagarosa
quero esquecer os medos
mas a solidão faz mossa,
em meio ao caos, deixo-me a meditar
nem sei se rir, ou se chorar!
quero esquecer e, nem quero ouvir
não quero lembrar mais nada
se a saudade sentir,
juntas seguiremos passada,
com as rugas dum tempo imenso
e uma lágrima sentida,
de sabor intenso, a sal da vida.
natalia nuno
rosafogo
1 comentário:
Não será por acaso que se diz que " o sonho comanda a vida "
Poema lindíssimo que muito gostei de ler.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Abraço virtual
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