quarta-feira, 4 de julho de 2018

palavras perdidas...


perdem-se as palavras, sem objectivo
como folhas caídas em dia de vento
perdem-se tímidas, sem lenitivo
e ficam perdidas na vida sem tento
e às vezes, não chegam para dizermos
da imensidão do nosso querer
outras saem da boca sem querermos
e dizem o que nos vai na alma, sem temer.

difícil é encontrar as palavras certas
para exaltar adormecidos sentimentos
perdem-se em silêncios, em linhas desertas,
desvanecem, entristecem de tantos lamentos.
são elas beleza, quem escreve não sonha, nem sabe
acha sempre a última mais bela que a primeira!?
quando esta é como o botão que se abre
que o Sol sorrindo leva na dianteira.

tanta palavra perdida e o poeta ao lado!?
perdido também ele na sua canseira!?
nem sabe se lembre... ou esqueça o passado.

rosafogo

natalia nuno





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