sábado, 24 de dezembro de 2016

arrebatamento...



ante o teu corpo junto ao meu... vou sonhando
prossigo  inteiramente tua, do sempre ao agora
descubro a tua força, enquanto tu me amando
segredo aos teus ouvidos, rogando mais na hora

a loucura, o sonho, esse que vive junto ao meu
é como uma cascata de sede, que nos aprisiona
vejo o mar no teu olhar, fica o meu preso no teu!
esse corpo desencaminha o meu que se abandona

e nessa loucura ... o sonho me leva com paixão
somos como um vendaval q' palpita aprisionado
a plenitude é um mudo instante, e logo é extinção

procuramos inutilmente o amor ainda em chamas
foi-se em longínquos dias, em silêncio devorado
resta lágrima que nos afoga, e o dizeres q´me amas.

natalia nuno
rosafogo






2 comentários:

Beijaflor disse...

Olá Natália,

Um cantar de alma que não se verga ao cansaço da vida ou do tempo. Que não se deixa abater pelas variadas vicissitudes numa luta constante e sem quartel perante todas elas! Uma força férrea sobretudo da parte mental para a qual apelarei sempre, pois só ela é capaz de tudo suportar! Mas a melhor forma de manter a parte mental forte é nunca deixar baixar a sua energia, e a melhor forma de o fazer é continuar a escrever estes belos poemas que lhe dão vida!

Tudo de bom para ti e todos os teus.

Beijos
PS: deixei umas palavras no anterior.

orvalhos poesia disse...

Olá meu querido amigo, por aqui vou andando sempre que possível, sempre com a tentação de escrever mais um e depois outro, mas ao mesmo tempo a pensar que será o último, não sei qual o destino destes meus versos que nem em livro ficam, e são tantos, e se até agora não pensava, já começo a sentir pena deles. Mas é como dizes ajudam-me a manter-me mentalmente activa, sem eles também não sou nada, então aqui eu sei que tenho a visita de uns quatrocentos leitores o que me leva a continuar.

Obrigada mais uma vez pelas tuas palavras de estímulo.
Beijinho tudo bom.