quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

tão quase tudo...



tão quase tudo... a verdade é a poeira sem assentar a fazer-se ninho nos meus olhos e o meu universo toldado, vem até mim um pássaro que ri, inventa e chora, e em cumplicidade sentamo-nos no alpendre conversamos sobre flores, falamos de primaveras e de vôos de outono, de chegadas e despedidas, olhamos os riozinhos de sol que correm no meu rosto onde as rosas já não crescem, um pavão de asas abertas me confronta o coração...há muito que não me faço perguntas, repouso das interrogações da vida, das esperanças defraldadas, das borboletas cegas que sobre os sonhos voejam, repouso da saudade de granito, e assim vou dizendo adeus sem me doer...
natalianuno

2 comentários:

Paulo Knop disse...

Lindo. "saudade de granito". Esta fica. Obrigado

orvalhos poesia disse...

Eu é que agradeço Paulo, a visita e o apreço.

Meu abraço