quinta-feira, 21 de agosto de 2014

a porta permanece fechada...



a porta permanece fechada
cá dentro os sonhos, restos de vida
espelhos tristes e a alma esquecida
a memória doutros dias pouco ou nada
a solidão não dá tréguas
na janela sem cortina
uma fosca neblina
uma ou outra voz distante
de quando em quando uma lufada de vento
e é neste dia após dia
que a hora de amar gela e esfria
atrás de mim um desejo a germinar
como o vento que desperta
e me grita...amar...amar!

sem que eu entenda nada
a porta permanece fechada
por detrás dos vidros molhados
restos, restos de vida com ardor
os corpos pelo tempo profanados
mas nos corações um tenaz amor

e é o amor que nos ocupa ainda
cá dentro o universo só nosso
onde teus braços me enlaçam com ternura
neste sentir que não finda
que é felicidade, tempestade, loucura.

natalia nuno
rosafogo



2 comentários:

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

amor e desamor de mãos dadas....

:)

orvalhos poesia disse...

O amor tem destas coisas amiga...
Grata pela leitura

bjinho