quinta-feira, 3 de abril de 2014

Para quem escrevo?




Olho-me ao espelho e
a interrogação fica na boca
porquê esta pressa louca?
Há sempre uma hora a morrer
um dia a desaparecer
e eu aqui entre os outros
julgando-me forte
olho as minhas pegadas sobre a terra
caminho, sonho
e esqueço a morte.

E escrevo para quê?
E para quem escrevo?
Certamente para quem lê!
E para quem não lê,
e todos são uma multidão.

Para ti, são as palavras
que sem quereres lê-las
te vão entrando no coração,
se não te forem indiferentes
terás a minha gratidão
gratidão dum
coração que não pára
como o mar,
pois há nele memória e solidão,
enquanto o poeta caído
continua a sonhar...

Escrevo a palavra quotidiana
e o que digo é pouco ou nada
falo do tempo e da saudade
nesta língua por mim amada.

natalia nuno
rosafogo
imag net


2 comentários:

Beijaflor disse...

Olá Natália

Escreves para quem ama a poesia
Quem dela faz a trova do seu viver
Em lufadas com aromas a maresia
No coração toda a força desse crer!

A saudade, tanto mais fica em nossa vida, quanto mais essa mesma vida foi, (é), preenchida de coisas marcantes pela positiva! E por tudo que vais escrevendo, a tua, só pode ter sido! Isso é um bem maior, que não tem preço!

Boa continuação para ti e para os teus.

Beijos
(Vou gozar merecidas férias. Uma semana!)

orvalhos poesia disse...

Então boas férias João que tudo seja muito bom, descansa amigo as férias são óptimas com um pouquinho de tudo, que assim seja contigo, muita felicidade.
Semana que vem também vou até ao Algarve, creio que o tempo vai melhorar e então também já sinto necessidade de sair. Voltamos depois revigorados e com melhor disposição.
Bem hajas por teres vindo até aqui, já tinha lido no Luso o teu comentário o que também te agradeço.
Tudo bom então até à nossa vinda.Beijinho.