terça-feira, 15 de junho de 2010

SAUDADE DE MIM















SAUDADE DE MIM



Não sei que fiz da alegria
Que me deixou nesta solidão
Ah, se soubesse a procuraria!?
A agarraria com minha mão
P'ra que ficasse em mim noite e dia.

Mas de nada serviria!?
Sou triste por natureza
E se a vida é tão sombria!?
P'ra que nasce o sol com beleza?
Se também morre todo o dia.

Minto, engano o coração
Digo que é manhã e já anoitece
Digo que não quero morrer em vão.
Mas já o tempo a teia tece
Levando meu dia p'ra escuridão.

Esta alegria que deixei perdida
No deserto é já só uma miragem
Não consegui dar-lhe guarida
Levou com ela toda a minha coragem
E hoje sou flor ressequida.

Hão-de vir dias novos eu sei
Campos de flores e azul no céu
Na busca da alegria perdida, irei
E de tudo o mais que a vida não me deu
E um dia, simplesmente morrerei.

Quero lembrar o azul do céu ao meio-dia
Quero a vida saudar, esquecer a idade
Esquecer que perdi a alegria
Viver de esperança, levar saudade
De mim, de tudo que em mim havia.

natalia nuno
rosafogo

2 comentários:

Anónimo disse...

Por alguns segundos
Tenho dentro de mim
Momentos imperceptíveis ao tempo,
Mais fugazes que alguns segundos.
Às vezes ...
Sinto-me parte deste presente.
Mesmo vendo o passado
Desbotar diante de meus olhos.


Bruno de Paula

Feliz dia e Beijos meus!! M@ria

orvalhos poesia disse...

Viver também implica solidão,
e esta tráz-nos momentos de frustação
que por vezes nos invadem.
Ver o tempo escorrer das nossas mãos
sem o poder agarrar, faz-nos sentir vítimas
dele.
Minha querida obrigada
Dia feliz para ti também
beijo
natalia