de costas viradas aos sonhos
relembro instantes amargos
e esqueço os dias risonhos
remendo meus olhos tristes
rio, choro meu olhar torvo
e nem comigo estou de acordo
vou caindo, sempre caindo
como uma pedra no charco
assim vou levando meu barco
despertam sombras no espelho
desgastando-me a cada olhar
olho-as até, a dignidade me deixar
quando a dor persistente me traz
que a memória dos dias é nada
na garganta do tempo sinto-me parada
não me chegam já as palavras
com que me possa refugiar no poema
voltarei noutra vida com outro tema
sou forte como as raízes do vento
caminho com a morte à espreita
não sei quanto tempo!? mas aguento!
natália nuno
1 comentário:
Boa noite de domingo, querida amiga Natália!
Vamos resistindo firmes pela fé.
Tenha uma nova semana abençoada!
Beijinhos fraternos
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