como a fome que tenho de viver
igual a tanto d' amor que me coube
é com a mesma que procuro saber
se foi bastante, e a tanto me soube
deixo resvalar o meu pensamento
seja como um mar que nunca acaba
um mar calmo, ou um mar violento
ou sede cinzenta q' em mim desaba
vou caindo no charco da solidão
trago a dor que não pude escolher
dor vai e volta, e não esquece não
é pedra alojada no coração a doer
a vida adormece mas ainda aguarda
procura ainda o sol com intensidade
que o amor adormece não tarda
tão perto, quanto longe, vira saudade.
natalia nuno
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