há crianças de riso aberto
amoras silvestres
e cigarras escondidas
que tocam violino por perto,
nas framboesas abelhas atrevidas,
manhãs sem palavras,
meu sonho desperto...
saltitam os peixes no rio
no degrau da memória permaneço,
coração frio,
desbravo agora recordações
que não esqueço, trago o
rosto enrugado de tantas emoções.
no andar dos anos de nada esqueci,
ao regressar a mim, revivi a
saudade de tudo,
de horas sem receios restam agora anseios.
como planta sequiosa, trago sede de viver!
a solidão, provoca melancolia
deixa-me ansiosa,
minha vontade a adormecer.
quero voltar a sonhar
deixar-me p´la vida acolher.
deixar de fingir que existo
atirar um grito à toa, deixar cair a máscara
quero ser pássaro que voa
quero esquecer as horas de desgaste
beber de novo as palavras
dedicar-te um poema a ti que
me amaste!
quero ser menina outra vez
de riso aberto,
nuvem esquecida de passar
meu sonho desperto... mas
com medo de acordar!
natalia nuno
rosafogo
2011
4 comentários:
Poema lindíssimo que me fascinou ler. Inspiração e criatividade poética sublime.
.
Uma semana feliz
Abraço … Cuide-se
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Se acordar, para ti e no mais íntimo de ti, significar abandonar a tua poética melancolia, não acordes, Natália.
Abraço-te!
Lindo viver neste sonho, neste adormecer sem ter que acordar.
Que a menina se faça presente, quando tudo parece girar e nos
tirar do eixo.
Viver é um eterno sonhar e acordar.
Belo trabalho Natalia.
Carinhoso abraço e feliz semana leve com poesia.
Obrigada amigos, pela visita e pelas palavras de apreço que me deixaram, bem hajam.
abraço-vos.
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