segunda-feira, 15 de outubro de 2018

chega a hora...



a noite envolve a terra cobre-a em breve com manto de escuridão, já a harmonia da tarde se quebra, dormem os vivos, e minha alma erra, canta o rio com voz clara e sonora, enquanto no peito bate lento o coração, chega a hora, recolhem-se os pássaros nenhum ficou de fora, o ar é morno e à escrita retorno... o vento fala-me da saudade e aqui me deixo diante da vidraça enquanto ela me abraça, a noite chega silenciosa, só o vento em desalinho senhor da liberdade faz subir o perfume da última rosa, é então que finjo que existo e no sonho persisto, sacudo o sono dos dedos, invento-me pássaro, poiso nos teus olhos, cruzo-me com teus sonhos, mas não me atrevo a pousar os pés por não saber mais quem és! 

natalia nuno

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