quinta-feira, 22 de junho de 2017

meu canto se nutre de ti...



falar do meu sonho, algo mo proíbe
trago no rosto o olhar de verde terra
no coração a criança que ainda vive
no passo a lentidão q' o tempo aferra

meu sonho só o teu regresso espera
logo o júbilo no coração me surge
não quero morrer de morte austera
vem então depressa q' o tempo urge

em vão, não se vive ... a ser verdade?!
estarás tu para sempre a mim unido
demasiado antiga é esta nossa idade

somos agora o outono, outono lento
amas-me ainda, n' tudo está perdido!
à que se perde em mim, sorri o alento

natalia nuno
rosafogo

4 comentários:

Beijaflor disse...


Olá Natália!

Não podemos deixar perder a nutrição sejam quais for as suas fontes.

Este poema retrata muito bem essa importância!

E quem da vida sempre fez boas sementeira, só pode colher bons frutos, e assim sendo, ter boa nutrição!

Quanto a tudo o resto é deixar correr. Nem a morte nos deve assustar, porque nascemos para ela!

Sendo a vida tao efémera, só vale a pena ser vivida com amor, muito amor! Mas esse amor tem de começar a ser dado por nós próprios, e quanto mais dermos, mais recebemos! Uma equação simples, mas de difícil entendimento para muitos...

Quanto ao teu novo livro, gosto do título. Mas estou certo que ainda gostarei mais do seu conteúdo! Depois deste, se tiveres outras oportunidades “ nas mesmas condições” nunca as deixes escapar das mãos! Nada melhor para atingir a longevidade, do que ter a mente sempre ocupada com coisas interessantes, que se gosta!

Tudo de bom para ti e os teus.

Beijos.

Gracita disse...

Oi Natália
A colheita é sempre farta e generosa quando na idade áurea plantamos boas sementes
E com o coração bem nutrido viver com intensidade e entusiasmo os mais belos dias da fase outonal
Poema maravilhoso minha amiga
Beijos e um feliz domingo

orvalhos poesia disse...

Olá João,
tudo bem contigo?

Eu tenho andado um pouco parada, o calor é meu grande inimigo, não consigo descansar e nem concentrar-me... perco até a lucidez, já tinha vindo ler as tuas palavras que são sempre bem vindas, e que muito agradeço, mas só hoje venho agradecer-te e pedir-te desculpa pelo atraso.

Afinal o livro só é apresentado de verdade depois do verão cá em Lisboa, agora na Feira do Livro ele esteve presente, faz parte duma colecção de sete de nome «Quo Status» e o meu chama-se Estremecimentos d'Alma, o conteúdo foi quanto a mim uma boa escolha, mas a apresentação da capa é um pouco pobre, ou melhor muito simples da Editora Vieira da Silva, só diferem então na cor.
Possivelmente já te falei dele, desculpa estar a repetir-me, estou sem certezas...

Beijinho tudo bom também para ti que tudo seja como desejas.


orvalhos poesia disse...

Querida Gracita agradeço o teu apreço, fico muito sensibilizada e orgulhosa com a tua visita,
bem hajas.

Desejo que estejas bem
um grande beijinho