quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Ébrias fantasias



Apanhou-nos a lua em nosso leito
amando-nos do nosso jeito
em redor tudo se aquietou
o vento na varanda suspirou
e na penumbra do quarto
a ventura por nós guardada
os corações pulsando dentro
do peito, ébrias fantasias
a sede recuperada
e a felicidade conquistada.

O desejo vai e retorna
como uma audaz primavera
ou como uma luz que se estende
morna...
Agora a quietude, depois o movimento
livre o corpo e o pensamento
da doce batalha, apenas
uma testemunha, a lua
fazendo-nos insistente companhia
num silêncio macio, até nascer o dia.

natalia nuno
rosafogo

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