sábado, 16 de novembro de 2013

estado de alma




toda a água que cabe num cântaro
não cabe nos meus olhos
é este o meu estado de alma
as nuvens se desfolham
geladas de amargura
jazem na terra dura,
e a dominam,
tal qual meus sonhos
me levam à loucura,
fico na sombra
sou fantasma de mim
sou a infância que me corre
nas veias
sou o vai vem entre o presente
e o passado
sou o vivido e o sonhado
sou o sonho e a quimera,
sou por quem o tempo
não espera...

sou a imensa solidão
o medo do vazio
a despedida do verão
sou agora... o inverno frio.

sou o fim da viagem
sou a que segue de mão estendida
a que se perdeu da imagem
sou lembrança duma vida.

natalia nuno
rosafogo
imag net

2 comentários:

Beijaflor disse...

Olá Natália

Um exorcizar de fantasmas que são mais “aparentes” que reais! Alma que chora, que grita, nunca estará só! É o tocar a rebate para unir forças daquilo que a quimera abriu mão momentaneamente! Mas quer tudo o que é seu, de volta!...

Sendo a água fonte de vida
Deixa os olhos bem lavados
A força da lágrima vertida
Os deixam bem, lubrificados!

É um prazer enorme ler esse teu rio que galga sempre as margens do seu leito!

Beijo

João

orvalhos poesia disse...

Olá querido amigo

Alguma coisa me avisava que ía ter notícias tuas, fico feliz por receber de novo palavras tuas, é imenso o prazer João, foi muito bom ter vindo até aqui pois por vezes passam-se dias que não venho... obrigada, desejo que fiques bem.

um beijinho, bom fim de semana