as palavras são como gaivotas, dão asas ao vôo do sonho, espreguiçam-se nos meus ouvidos, derrubam os meus limites, recordam-me com doçura tudo aquilo que perdi, e surpreendem-me com a esperança do que ainda me resta viver, cada estrela me traz um sonho, um sonho que desliza adormecido em mim, estendo-lhe a mão, enquanto rememoro poemas com emoção...são eles o sumo de tantos anos, o que os terá feito nascer? brotaram de silêncios, de memórias que existiram talhadas para serem flores no meu olhar, e que coloquei no papel com uma caligrafia audaz, tão audaz como o movimento das ondas do mar, ou a fúria do vento, mas com insondável ternura...vulcão de ideias de que fui capaz! palavras que observaram meu tempo desvanecendo-se, meu olhar tantas vezes atormentado, sem um sonho vislumbrado, nas metáforas ficou o fastio do silêncio, no ermo da bruma, onde me interrogava se seria eu alguma coisa, ou coisa nenhuma.
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