subitamente surgem memórias
do manso correr das águas
onde as moças de então
desabafavam do amor as mágoas
tempos já passados, trago-os ainda presentes
na lembrança como rouxinóis cantantes
pousados ao sol nas giestas,
já nada é como dantes
por tudo e nada era uma festa
ninguém espere que eu esqueça
mesmo a memória murchando
o carreiro sempre quer que eu desça
ausente, por mim vai chamando.
a lembrança é minha fortaleza
lembro a mansidão do rio
na margem sonhos semeei
nas tardes longas de estio
sem te conhecer te amei
vivas lembranças, de claros dias
em harmonia com palavas de amor
que ao ouvido me dizias,
chegaste de amor, sedento
e eu espalhei sonhos de amor e esperança
ao vento...
sob o salgueiro ao som das aves
nos amámos sem entraves.
que nosso querer nunca se altere
e o dia de amanhã por nós espere.
natalia nuno
rosafogo
imagem pinterest
1 comentário:
Como sempre, um poema brilhante. Lindíssimo de ler e reler.
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Votos de um dia feliz
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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