quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

À VIDA














À VIDA

E ela estava ali perto de mim
Bruscamente me afligi
Nas horas de solidão sem fim
Maravilham-me as lembranças de ti.
E as lembranças me acodem com insistência
Ora me fazem feliz, ora me entregam à tristeza
É escusado oferecer resistência
Que mais tem a vida senão incerteza?!

Não conto as horas, hoje as esqueci
Ouço o rio que corre, a água leva ligeira
Também eu me entrego a ti
Toda a vida minha companheira.

Mas hoje não conto as horas
Estou verde de esperança
Vermelha como as amoras
Feliz em cada retalho da lembrança.
E na saudade me deixo e esqueço
O tempo que por mim não espera
Já contigo às vezes me aborreço
Deixaste que o tempo me roubasse a Primavera.

Já se me acelera o bater do coração
Ao fim de tantos anos, num entretecer de dias
Já meu corpo tantas vezes me diz NÃO!
Luto com o tempo que só me dá arrelias.

E assim se esgota a Vida
Já a trago quase perdida.

natalia nuno

2 comentários:

Runa disse...

A vida é uma constante luta contra o tempo, que vamos perdendo, à medida que avançamos no caminho.

Um feliz 2011

Beijo amigo

Runa

orvalhos poesia disse...

Obrigada meu amigo, para ti também um BOM ANO,
que te traga tudo quanto desejas.

Beijo Runa, fico feliz sempre com tuas palavras,
és um amigo que eu estimo.