domingo, 18 de outubro de 2020

meu mar...

 


vim ao mar segredar, 

tudo ouviu da minha boca, 

beijou-me os pés veio me saudar

 achou minha saudade louca.

vi-me nos seus olhos de prata a brilhar... 

mostrou-me seu rosto risonho

 e no seu vestir de azul rendilhado

 portou-se como se fosse meu amado 

 veio até mim se espraiar, 

perdida no seu encanto esqueci até a solidão, 

e ao segredar-lhe da vida e do meu desencanto,

confortou-me o coração.

apressou-se a beijar-me a mão 

e assim escrevi este poema tão nosso, 

poema de veemente paixão! 

mas logo meu sonho deu à costa, 

enfrentei a realidade,  um outro mar, 

tantas vezes tempestade,  dor e saudade. 

 natalia nuno

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