quinta-feira, 27 de abril de 2023

quando a vida ardia...



no corpo a saudade amanhece
lateja o coração cheio de emoções
mas a alma padece
tão só, na nostalgia das recordações
os dedos são de solidão
e a voz ficou no tempo fugitiva
no mutismo dos olhos
cresceu-lhe uma rosa
que persiste viva
a acalmar a sua ânsia desolada,
a não a deixar da saudade cativa.

doce e recuperadora utopia
memória do tempo das suas raízes
o mundo era dela, e os dias felizes.
no pensamento madressilvas nasciam
faminta, silvestre p'la natureza seduzida
os sonhos ardiam.
em ascensão os instantes de paixão,
escrevia versos ditados p'lo coração
e assim, passou o esplendor da juventude
hoje, de rosto desolado, em quietude,
sem alento, é folha caída, extraviada
ao relento, na incerteza
de ter sido amada.

natalia nuno








5 comentários:

Roselia Bezerra disse...

Olá, querida amiga Natália!
"No mutismo dos olhos
cresceu-lhe uma rosa
que persiste viva
para acalmar a sua ânsia desolada".

Muito belo e a rosa viva nos dá animo e generosidade ante o viver que ainda nos resta.
Tenha dias abençoados!
Beijinhos

Mariete Salema disse...

A saudade quando acontece causa uma dor intensa e profunda. Amei este poema. Parabéns pela criatividade e talento poético
Feliz sexta feira

Cidália Ferreira disse...

Gostei bastante do poema!!
.
Coisas de uma Vida
.
Beijos. Boa noite!

Graça Pires disse...

A nostalgia de um amor incerto ou apenas apetecido, num poema com perfume de rosas.
Tudo de bom.
Um beijo.

Teresa Isabel Silva disse...

Muito bom! Os meus parabéns por este belo poema!

Bjxxx
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