sexta-feira, 23 de março de 2012

GOTAS DE ORVALHO

Gotas de orvalho pousam na folhagem
Despontam os primeiros rebentos
Vem à memória a imagem
Da primavera doutros tempos.
A primavera da minha infância
essa que nunca esqueci
nem sei se de lá parti.

O céu azul, o rio corria
O cheiro da terra, o cheiro do pão
Os pássaros cantando terna melodia
E eu ali, raio de sol no meu chão.

Rouba-me o sono esta lembrança
Chega a doer esta visão
De me sentir vivamente criança
De arco na mão
Ali na minha terra quente
Onde aprendi a ser gente.

A sombra sobre mim cai...
E a vida já se esvai...

natalia nuno
rosafogo

1 comentário:

Roselia Bezerra disse...

Olá, querida amiga Natália!
Lindíssimo!
"Ali na minha terra quente Onde aprendi a ser gente."
Ser gente aprende-se sim.
E você aprendeu divinamente...
Tenha dias abençoados!
Beijinhos