quinta-feira, 7 de agosto de 2025

para não rimar com a morte...



das noites sou refém
conto as horas, 
mais além pela madrugada
vem a saudade de alguém
que o destino me trouxe à sorte

escalo o verso
para não rimar com a morte
que é triste e sombria
e vaga pelo meu dia, a dia!

há uma voz em mim sempre em silêncio
frágil como a vida que me resta

quando olho as rugas da minha testa
linhas com sonhos à mistura
descobrem minha fragilidade
veladas de saudade

este poema ancora nele a solidão
mas com ele não me sinto só!

é como um deserto árduo
- sem água nem pão!
onde um dia o Poeta vira pó.

natalia nuno



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