ando à procura dos sonhos
onde possa abrir caminho
aos salpicos do sol,
desde a aurora ao arrebol
procuro sorrisos vestidos de branco
visito imagens escondidas
nos recantos da memória,
olho os brancos da fisionomia
que vão descrevendo minha história
antes que minha ânsia
continue a debater-se
antes que tudo me sufoque,
ando à procura de papoilas
que habitam os meus dedos
e que a esperança os toque!
procuro uma lufada de ar
quente,
para que a vida não acinzente,
caminhar sem dúvida, o caminho
até ao fim
não deixar a apatia chegar a mim
não quero tornar inútil a jornada
trago imagens a borbulhar
na mente e a vontade redobrada,
quero ser água livre,
que nem pássaro poder voar
e a palavra sempre me ensina
uma porta de saída!
para o sonho, para a vida.
natalia nuno