palavras escritas com o coração, em qualquer verso está vazada a saudade poética que a memória canta. A fascinação pelo campo, o idílio das águas, a inquietação o sonho, a ternura o desencanto e a luz, toda uma bagagem poética donde sobressai o sentimento saudade... motivo predilecto da poeta. visite-me também em: http://flortriste1943.blogs.sapo.pt/
sábado, 3 de outubro de 2020
terno o orvalho...
o clamor do amor...
feitiço
nasci à beira rio...
entre a terra e o céu...
as flores vêm de longe, ainda não chegaram ao jardim, lembranças azuis encontrei no meu olhar, aguardo por ti... sonho com o beijo quando a saudade amanhece, e há de(lírios) que me levam às estrelas, na hora meu corpo estremece...lateja o coração sob a labareda do desejo, falta-lhe o que ainda não amou, o calor da nostalgia das noites d´amor, o corpo que acariciou, o odor desse corpo como se fosse a essência que ainda me seduz ao lembrar, tudo chega contigo, e eu olho-te como se fosse a primeira vez, passas a viver nos meus olhos, e eu só quero viver na carícia de te amar...tudo fica distante, a vida é este instante, o dia emigrou, a noite chegou, e nosso amor aconteceu, ébrio entre a terra e o céu...
natalia nuno
rosafogo
quinta-feira, 1 de outubro de 2020
de repente...
de repente há um aroma que me recorda o que ficou para trás, e as palavras são as sombras onde me encontro perdida, lá onde a dor é mais forte e me deixa sem norte, sou agora a velhice e ao mesmo tempo a juventude, grito a dor num poema invisível, que declamo amiúde, e num golpe de garra saio do silêncio dos versos e continuo a pulsar com uma força que não aceita o derrube...e o amor é um agasalho que me cobre e me põe a sonhar... caio assim neste abandono de doçura vestida, adormecida na minha derradeira saudade...
natalia nuno
rosafogo
cativa no tempo...
cativa no tempo, enterrada na melancolia permaneço silenciosa, entre o labirinto que vai da distância percorrida ao presente, chegada aqui nenhum sonho se anunciou, o pensamento abriu e fechou, ficou-se pelas sombras, as palavras batem na garganta, mas ficam-se pela ficção dum monólogo que só as as vozes das árvores conseguem julgar... tenso é o ar da espera até que se faça um poema de vida.
natalia nuno
rosafogo
quarta-feira, 30 de setembro de 2020
sempre que os sonhos se nos oferecem...
terça-feira, 29 de setembro de 2020
volta a mim...
o vento varre folhas do jardim com força derruba o estragão, e as angústias vão correndo em mim escondo o cinzento que me vai no coração, desata-se o silêncio em queda livre, já não há mais sóis na minha visão...
acinzentou o céu de Setembro, e eu esqueci de esquecer-te e ainda me lembro. ai esta felicidade fugitiva que põe meus olhos embaciados, por mais anos que viva soltarei memórias, como bandos de pássaros, ainda que meus lábios calados. fiquei nesta encruzilhada enquanto o vento fez voar e p'lo chão deixou tua recordação derramada. improviso versos à toa enquanto esta chama arder, mesmo que a saudade me doa ainda no teu amor vou crer. volta a mim, como o rio volta ao mar e nos teus lábios, traz o mel quente a tua sede em frenesim, que eu quero amar, e prontamente serei a fonte, a tua quimera. natalia nuno rosafogode sorriso em sorriso...
sulcos na pele...
com o rodar dos ponteiros dia e noite, o tempo vai-nos marcando a pele
levou-nos da primavera o mel e deixou-nos na selva da idade solitária, com saudade...
fomo-nos habituando e convertendo-nos num frio de estátuas
e ante uma lágrima que nos afoga, nos supomos sós, e ignorados... é o efeito do tempo que por nós passa sem que demos por ele.
amanhã mais uma ruga inscrita, mais uma ideia transviada
a memória esquecida e a boca calada.
dize-me se fores capaz : vale a pena viver? Que eu no teu amor +ossa ainda crer! natalia nuno
rosafogo
horas que não voltam...
o outono...
domingo, 27 de setembro de 2020
sinto-me criança perdida...
imagem pinterest