palavras escritas com o coração, em qualquer verso está vazada a saudade poética que a memória canta. A fascinação pelo campo, o idílio das águas, a inquietação o sonho, a ternura o desencanto e a luz, toda uma bagagem poética donde sobressai o sentimento saudade... motivo predilecto da poeta. visite-me também em: http://flortriste1943.blogs.sapo.pt/
quinta-feira, 23 de maio de 2019
verdade que me desalenta...
dedos de solidão vão desafiando
recordações, como um sopro de vida
permanente, e o coração sangrando
como se o resto da vida, estivesse por Deus
esquecida...
dedos de solidão que abrem às memórias
passagem,
incendiando a saudade,
onde cai cega a impiedade
quando me lembra agora a minha imagem.
quanta mudança depois da última vez
que me vi
reconforta-me a esperança, olho atrás e
foi o tempo que me perseguiu ou eu o persegui?!
queixo-me de saudade em vão
agora todo o dia é já penoso
mas o meu coração é ainda corajoso
vou esquecer em vez de lembrar
«olhos que não vêem, coração não sente»
mas há alguma verdade que me desalenta
vejo-a ao me olhar, só o amor me contenta
às vezes, digo-me triste chorando
que o tempo se tornou um peso
creio que se está vingando
por eu andar sempre distraída
e agora ao ver-me caída,
traz até mim com doce fala, a saudade
e os meus dedos não me impedem
de lembrar, a que ficou no tempo a sonhar.
natália nuno
rosafogo
imagem da net
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