debaixo das folhas que caem,
o generoso instinto dum poema,
e num monte de palavras escolho
o tema..
levanto a recordação!
meu ouvido distingue
o canto da ave e,
cansada a saudade,
- abandona-se em meu
coração.
o aroma do trevo faz-se visita
o céu é um oceano cinzento,
enfrento o desvario que em mim
grita.
nem a brisa,
nem o esquecimento
apagam os anos,
nem meu lamento
nem desenganos
rasgo a obscuridade
do meu rosto esvaído,
na essência deste poema
a saudade... dum tempo ído.
natalia nuno
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