faz de conta que não existo
vivo a suspirar sem fim
não revelo o que penso
mas cada vez mais me convenço
e insisto,
que ando descalça de mim!
conheço-me por dentro e por fora
agora, não tenho pulso, nem alento
fico a pensar que outrora
era tão feliz sem tento.
o passado à distância ficou,
nesse lugar que quase esqueço
o tempo não perdoou,
e agora, a mim mesmo me pareço
do avesso!
natalia nuno
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