Um raio de Sol
Numa planície desolada
Solitária me sinto um girassol
À beirinha da estrada.
Rezo para dentro uma prece
Oculto os olhos humedecidos
A Vida é espiral que desce
Já se desvanecem meus sentidos.
Os meus passos já incertos
Começo a agitar-me
Os braços trago abertos
Deixo ainda à Vida abraçar-me.
De acordo com a minha consciência
Peço ao tempo um pouco de clemência.
Temo o que me vem ao pensamento
Visão que me deixa em aflição
Dum futuro avarento
Que me infunde confusão.
Mas dou conta que inda sou gente
Que nem tudo eu perdi
Trago lembranças na mente
Dos momentos bons que vivi
Os meus soluços não são de fraqueza
Nem querem piedade
Tingidos de cinzento, com certeza!
Mas todos, sinais de saudade.
rosafogo
palavras escritas com o coração, em qualquer verso está vazada a saudade poética que a memória canta. A fascinação pelo campo, o idílio das águas, a inquietação o sonho, a ternura o desencanto e a luz, toda uma bagagem poética donde sobressai o sentimento saudade... motivo predilecto da poeta. visite-me também em: http://flortriste1943.blogs.sapo.pt/
sábado, 1 de maio de 2010
sexta-feira, 30 de abril de 2010
HOJE ABRI UM SOBRESCRITO
Hoje abri um sobrescrito
Havia nele folha em branco
Nada nele me havias dito
Porquê todo este meu espanto!?
Também nada redigi, fiquei parada
Deixei correr o marfim
O amor em branco não é nada.
E este amor era assim.
Reconcilio-me com a solidão
Minhas forças restabeleço
Parto para outra emoção
Rasgo este sonho e esqueço.
Fico um pouco abatida
Depressa me recomponho
Se este amor não tem saída
Esqueço o sobrescrito e o sonho.
Que missiva impertinente
Que a mim não dá sossego
Que foi feito do amor da gente?!
Que ainda é grande o meu apego?!
Olho também o bilhete
Dessa mesmo ocasião
E uma flor dum ramalhete
Com que adoçaste meu coração.
Hoje estou resignada
Ouço ainda teus passos no soalho
Se este amor não deu em nada
Para quê tanto trabalho?!
Volto a esconder meu tesouro
Mas sou franca por natureza
Ainda p'ra mim vale ouro!
Era AMOR tenho a certeza
Havia nele folha em branco
Nada nele me havias dito
Porquê todo este meu espanto!?
Também nada redigi, fiquei parada
Deixei correr o marfim
O amor em branco não é nada.
E este amor era assim.
Reconcilio-me com a solidão
Minhas forças restabeleço
Parto para outra emoção
Rasgo este sonho e esqueço.
Fico um pouco abatida
Depressa me recomponho
Se este amor não tem saída
Esqueço o sobrescrito e o sonho.
Que missiva impertinente
Que a mim não dá sossego
Que foi feito do amor da gente?!
Que ainda é grande o meu apego?!
Olho também o bilhete
Dessa mesmo ocasião
E uma flor dum ramalhete
Com que adoçaste meu coração.
Hoje estou resignada
Ouço ainda teus passos no soalho
Se este amor não deu em nada
Para quê tanto trabalho?!
Volto a esconder meu tesouro
Mas sou franca por natureza
Ainda p'ra mim vale ouro!
Era AMOR tenho a certeza
minhas penas...
Tarde pesada e nevoenta
As arvores parecem flutuar no Céu.
Já o tempo que há-de vir?
Curta estrada representa.
Já tudo é triste, tanto quanto eu.
Coaxanm as rãs na ribeira
Entristecem as manhãs geadas
Fica a vida sem eira nem beira
Minhas esperanças do avesso viradas.
Pássaros se escondem no arvoredo
Mais um dia o mundo velho a ruir
Meu olhar triste se deixa quedo
Finjo não ver nem sentir
Já é chegado o fim do dia
Não ouço mais das rãs o coaxar
Tomou conta de mim a nostalgia
Da vida vem o tempo se apossar.
Das horas que lamentamos
Umas duram muito, ou então?!
Duram pouco mais que nada
Dormem os pássaros nos ramos
Coaxam as rãs de aflição
Sigo ao peso dos anos vergada.
As arvores parecem flutuar no Céu.
Já o tempo que há-de vir?
Curta estrada representa.
Já tudo é triste, tanto quanto eu.
Coaxanm as rãs na ribeira
Entristecem as manhãs geadas
Fica a vida sem eira nem beira
Minhas esperanças do avesso viradas.
Pássaros se escondem no arvoredo
Mais um dia o mundo velho a ruir
Meu olhar triste se deixa quedo
Finjo não ver nem sentir
Já é chegado o fim do dia
Não ouço mais das rãs o coaxar
Tomou conta de mim a nostalgia
Da vida vem o tempo se apossar.
Das horas que lamentamos
Umas duram muito, ou então?!
Duram pouco mais que nada
Dormem os pássaros nos ramos
Coaxam as rãs de aflição
Sigo ao peso dos anos vergada.
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