Minha Terra
meu bucólico lugar,
MEU AMOR, MEU AMAR...
MEU CANTAR
Onde me deixo tranquila sem pressa
na minha rua...na minha travessa.
Com sonhos de ventura
E outros tantos de tristeza
Mas a certeza,
deste amor infindo
Que meu coração está sentindo.
Nas vagas do tempo me perco
Gravada trago em mim a tua magia
És dona dos meus sonhos de menina
A minha alma exulta de alegria.
Sinto no peito um frenesim
Mas é esta a minha sina
E dou por mim...
Descobrindo em ti, nem sei bem!
Não sei o quê...não sei!
Mas sei!
Que sempre te amarei.
Minha terra,
flor de laranjeira
Quando eu partir e tu ficares
Meus versos te dirão à minha maneira
Como te é grato meu coração.
E se me amares?!
Espalha-os nas águas
do teu rio.
E enleia num rodopio,
minhas mágoas
aos salgueiros das tuas margens,
que um dia cantei,
com laivos de nostalgia,
fazendo-te homenagens.
De utopia meu sonhar,
e já tanta saudade sentia!
Agora quando já não ouvir
cantar o rouxinol,
a cotovia,
é porque nos meus olhos se pôs o sol.
Nessa apatia,
ao teu verde direi adeus,
e aos recantos teus,
a todos os laços meus.
Mas enquanto viva,
sempre virei em busca de guarida,
MINHA TERRA QUERIDA...
natalia nuno
rosafogo
palavras escritas com o coração, em qualquer verso está vazada a saudade poética que a memória canta. A fascinação pelo campo, o idílio das águas, a inquietação o sonho, a ternura o desencanto e a luz, toda uma bagagem poética donde sobressai o sentimento saudade... motivo predilecto da poeta. visite-me também em: http://flortriste1943.blogs.sapo.pt/
sábado, 25 de fevereiro de 2012
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
PÉGADAS NA AREIA
Já nada é de verdade
Já tudo tive na vida
Mas levo comigo a saudade
Da Juventude perdida.
Já o vento desfolha os ramos
Palavras em mim arredias
Como sementes vazias
Caminhos que calcorreamos
sem saber p'ra onde vamos.
É tarde, já horas mortas
E nem sossego no leito!
O vento estremece as portas
do meu coração insatisfeito.
É Outono na minha vida
Foram-se as amoras silvestres
Trago a vida cumprida
Saudade nestes tempos agrestes..
Tempo que passou demais...
Mesmo morta me apego à vida!
Queixumes solto, em cantos banais
Sou flor à tarde pendida.
Morrendo... e não volta mais!
Noutro tempo me criei
Quando a vida se escoava lentamente
Que o tempo por mim passava, não pensei,
Trazia no coração fogo ardente.
Hoje está tudo mudado
Tudo se apaga como pégadas na areia
Restam as lembranças
Que a memória sempre ateia.
natalia nuno
rosafogo
Já tudo tive na vida
Mas levo comigo a saudade
Da Juventude perdida.
Já o vento desfolha os ramos
Palavras em mim arredias
Como sementes vazias
Caminhos que calcorreamos
sem saber p'ra onde vamos.
É tarde, já horas mortas
E nem sossego no leito!
O vento estremece as portas
do meu coração insatisfeito.
É Outono na minha vida
Foram-se as amoras silvestres
Trago a vida cumprida
Saudade nestes tempos agrestes..
Tempo que passou demais...
Mesmo morta me apego à vida!
Queixumes solto, em cantos banais
Sou flor à tarde pendida.
Morrendo... e não volta mais!
Noutro tempo me criei
Quando a vida se escoava lentamente
Que o tempo por mim passava, não pensei,
Trazia no coração fogo ardente.
Hoje está tudo mudado
Tudo se apaga como pégadas na areia
Restam as lembranças
Que a memória sempre ateia.
natalia nuno
rosafogo
ALEGRIA E DOR
Num vaivém procurei...procurei
Mas foi tudo em vão...
Abro meus olhos e achei
Que fui chama em furor
Hoje companheira da solidão.
Levantei a fronte ao céu
Rasguei a sombra,
que sobre mim se abateu
Olhei o céu, todo ele olhava
E lembrei tudo quanto amava.
Parece tudo perdido
para sempre
Nesta manhã de Outubro
A chorar descubro
Minha vida derramada
Açoitada p'lo Outono
Semelhante a um regato no estio
P'la noite invadida de medo e sono
Um vale deserto onde habita o frio.
Alegria e dor
Já são o mesmo para mim
Meus pensamentos são catavento
Eu sonho com o amor...por fim.
Lembranças pesadas
E eu esquecida...esquecida de tudo
Passaro cantante, de repente mudo.
E em sorriso ou pranto
Em notas frescas cantando
Seduzo a lua enquanto
alguém me oferece amor...minha mágoa
calando.
rosafogo
natalia nuno
imagem do blog imagens para decoupage
Mas foi tudo em vão...
Abro meus olhos e achei
Que fui chama em furor
Hoje companheira da solidão.
Levantei a fronte ao céu
Rasguei a sombra,
que sobre mim se abateu
Olhei o céu, todo ele olhava
E lembrei tudo quanto amava.
Parece tudo perdido
para sempre
Nesta manhã de Outubro
A chorar descubro
Minha vida derramada
Açoitada p'lo Outono
Semelhante a um regato no estio
P'la noite invadida de medo e sono
Um vale deserto onde habita o frio.
Alegria e dor
Já são o mesmo para mim
Meus pensamentos são catavento
Eu sonho com o amor...por fim.
Lembranças pesadas
E eu esquecida...esquecida de tudo
Passaro cantante, de repente mudo.
E em sorriso ou pranto
Em notas frescas cantando
Seduzo a lua enquanto
alguém me oferece amor...minha mágoa
calando.
rosafogo
natalia nuno
imagem do blog imagens para decoupage
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
A ÚLTIMA ROSA
Morre a última rosa,
ou em seu aroma adormece.
Paga o tributo de ter sido formosa,
ninguém pergunte, o destino assim acontece.
O tempo tudo destrói
Resta o vazio à rosa que já não é carmim
Olhá-la dói!
Já não é seda nem cetim.
Vive do outro lado do cristal
Perdeu tudo e por fim a alegria
Já se vai a rosa com o temporal.
A rosa que foi flor um dia.
Acreditou que pra sempre tinha vindo
P'lo caminho sente o tédio
Mas seu sonhar ainda é infindo
No sonho encontra o remédio.
Recorda outras Primaveras
É passado, presente e futuro
E no compasso das esperas
Vai caindo no chão duro.
Já a luz do dia se declina
Abre passagem o esquecimento
Esquece até que foi menina
Pé descalço, cabelo ao vento.
Decai sobre ela o rancor
Já o tempo dela se abeira
No jardim já não é a flor
Não molha o pé na ribeira.
Mas insiste em estar ali!
Seu olhar é ouro derramado
Seu corpo é arvore aqui!
Morrer de pé é seu fado.
rosafogo
natalia nuno
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
SONHEI DE NOVO
Vejo pomares de flores e frutos
Talvez seja só miragem
Trago meus olhos enxutos
No rio mirei minha imagem.
E ousei ver-me menina...
Ai... a força que a saudade tem!
Sabendo como ninguém
Que só assim se imagina
Quem saudade tem...
Ali defronte dependurado
Um lençol bordado
a corar
Que vim ao rio lavar.
Já o cansaço me faz dormir
Mas ainda quero ir
À rua que a minha mente povoa
Sentir-me de novo em casa
Ainda que isso me doa.
Perdi a asa!
Sinto-me menina intrusa
Meu sonho novo me arrasa
E arrasa minha musa
É este o lugar que me deu vida
Onde tanta vez vi o sol nascer
E sonhar como flor esquecida
Nas sombras do adormecer.
Tantos dias matinais
Tanto rosto já esquecido
O silêncio... dos que não
voltam mais,
deixam-me o coração
p'la dor possuído.
Sento-me ainda agora no sonho
a repousar
Vai anoitecer, já arrefece...
E eu na soleira da porta a ver a lua chegar.
Não! Não me vou afastar!
O chamamento da terra
me aquece,
em labaredas de saudade.
Talvez ainda a esperança regresse
e possa voltar à idade,
Áquela que o tempo,
não me arranca da lembrança.
natalia nuno
rosafogo
domingo, 19 de fevereiro de 2012
REBELDE O PENSAMENTO
Meu pensamento vai onde quer
e às vezes me faz tremer
Não tenho como dominar
É como um corcel
que parte à desfilada
nem me deixa manifestar.
Sobrepõe-se à minha vontade
e assim me acomodo... essa é a verdade!
Acorda dentro de mim o passado,
e lembra o que quero ver adiado.
Traz-me a saudade que me queima o peito,
essa saudade de criança
que ás vezes irrompe como um desejo,
sem jeito...
Deixa-me ir ou ficar na lembrança,
largo este mundo dos crescidos,
esqueço meus dias já vencidos.
Correr o caminho
que sei de cor e salteado,
passar o açude do moinho
levar a água p'las canelas
redobrar as cautelas,
ser senhora do meu nariz
e com natural inocência, ser feliz.
Desta feita
meu pensamento não se deita!
Me deixo neste denaneio,
passam-me p'la cabeça, coisas e loisas
da minha gente, da terra o cheiro,
entranhado no seio...
quando dela me abeiro.
Trago na alma esta luminosidade
Fruto da criança que sinto saudade
Enquanto ao coração convier
Seja o que Deus quiser!
rosafogo
natalia nuno
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