d'algum instante,
já distante
que sobrevive na memória
que me prende de ansiedade
e que de consolo me embriaga
abrem-se na minha pele
estradas batidas p'lo vento
põe-se o pensamento em delírio,
que estranho sentimento!
a noite eleva-se sossegada
escuto o nascimento da madrugada
um rio de sonhos me envolve
logo se esfuma a realidade
esqueço a solidão
chega até mim a saudade
deixo-me cair no sonho,
na felicidade da brisa que flutua
entre a erva do verão
e, as palavras perdidas
nos dedos da minha mão.
natalia nuno
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