bate a chuva, chega a noite
e o vento como açoite
traz a saudade que a abraça
e acorda-lhe a memória,
que a ameaça!
lá acorda emotiva
e lá se encontra com o passado,
dele fica cativa
com o chão que a viu nascer,
ali mesmo ao lado
de coração partido ao meio
e a lágrima já sem água
pergunta ela ao que veio,
se o coração acumula mágoa
este poema não sabe que é esmola
para alguém que padece
nem que o coração consola!
neste dia que anoitece.
assim fica mais um poema
a esconder da chuva e do vento
que foram conjectura do tema
onde a saudade foi sustento.
natalia nuno