de que servem tantas quimeras
tudo se ama e tudo se aborrece
por aqui tantas primaveras
passaram por mim, já nada floresce!
detenho-me a pensar no que vivi
outrora, estou certa, feliz!
meu coração, vivo... por ti!
o amor mostrou-se p´la primeira vez
e em teu abraço me perdi
num estreito laço,
que nada, nem ninguém desata
pois é forte a laçada.
tantas vezes te olhei e outras tantas
o rosto virei, para não veres-me chorar
de saudade... ficando sem alma nem vida,
depois de tanta partida.
vivas lembranças,
das horas de tão longos dias,
de esperanças vazias...
chegou o inverno e o pensar me leva
recordar é bom... mas não sei se deva!
natalia nuno
rosafogo
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