palavras escritas com o coração, em qualquer verso está vazada a saudade poética que a memória canta. A fascinação pelo campo, o idílio das águas, a inquietação o sonho, a ternura o desencanto e a luz, toda uma bagagem poética donde sobressai o sentimento saudade... motivo predilecto da poeta. visite-me também em: http://flortriste1943.blogs.sapo.pt/
sábado, 13 de março de 2021
nos dedos da solidão...
poema sem tino...
terça-feira, 9 de março de 2021
fogo para a alma...
ao olhar no espelho vejo meu olhar angustiado, deixo o espelho embaciar, e meu coração pára de gritar, o sonho é meu único limite, esqueço o espelho, acaricio o rosto com gestos e palavras, e não exijo mais nada, o sonho diz-me que ainda sou amada...meu coração baloiça quase morto, não fosse o teu olhar no meu com linguagem que me toca, sentir-me-ia uma noite de breu, hoje minhas mãos são asas que levantam vôo e tocam os teus dedos, perco meus medos, redescubro a tranquilidade e sinto a saudade desse tempo diamante, onde era tua mulher amante...
natalia nuno
rosafogo
amemo-nos até morrer...
leva-me ao céu
cobre-me com cobertor de nuvens
ou lençol de linho,
ensina-me o caminho
onde só tu e eu
possamos adormecer
as minhas palavras
têm o peso da claridade
espelham-se nas livres águas
onde a saudade é um rio
de mágoas
escorre,
só por ti não morre,
natália nuno
rosafogo
a memória é fiel espelho...
a memória é um fiel espelho, guarda tudo num cofre profundo e duradoiro e põe o coração no peito a bater melodiosamente com as reminiscências de muitos anos passados, fazendo com que seja abolida a distância quando recordamos...às vezes penso ter tudo perdido, mas num instante volto a reviver tudo de novo e são relíquias as recordações que amo, porque amei outras pessoas, outras coisas, que não passaram por mim em vão, mas que partiram fustigadas pelo vento da vida, são realidade passada, mas duradoiras dentro de mim para sempre... ressuscito o passado nas mais pequeninas coisas e aí a imaginação também se liberta e eu fico fora do tempo descobrindo assim a minha essência e agarrando-me às lembranças, às raízes, e tudo é como pão com manteiga para mim, saboreio cada instante que a memória me permite, com entusiasmo e sinto a inspiração brotar com palavras maleáveis, doces, sem barreiras, como flores abrindo-se ao sol do meio dia e assim escrevo as vivências de outrora...encarcero-me de livre vontade na solidão, quieta, feliz por dentro arrepiando caminho ao encontro de cheiros e afectos, puxando forte pela memória.