palavras escritas com o coração, em qualquer verso está vazada a saudade poética que a memória canta. A fascinação pelo campo, o idílio das águas, a inquietação o sonho, a ternura o desencanto e a luz, toda uma bagagem poética donde sobressai o sentimento saudade... motivo predilecto da poeta. visite-me também em: http://flortriste1943.blogs.sapo.pt/
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
NADA SEI, NADA MAIS QUERO SABER.
Rememoro poemas!
Quero ressuscitar memórias e imagens
escondidas no interior do meu olhar.
Visões, sonhos vislumbrados,
Inspirações d'outros tempos
passados.
Ressuscitar a felicidade do amor
Esvaziar o coração da dor
Mas insiste esta desmemória
que contra mim conspira.
Que cala com impiedade,
irrompe como vulcão,
me deixa só a saudade.
E o coração na mão.
Meus sonhos se lêem
nestes poemas já escritos
Sonhos esfarrapados, destruídas
memórias, nostalgias, gritos
Já os meus olhos não veêm.
Mas o coração ainda sente.
Na hora de esperar o poente.
Minha imaginação cai no vazio
Se inquieta com a obscuridade
Que trepa na minha mente
Cinzento fumo onde até a saudade
se converte bruscamente
num rio onde minhas lágrimas se afundam.
Não há retorno
Tudo é incerteza na escuridão
Nas minhas veias há o calor dum sol morno
E eu já entrego meus olhos e o coração.
E assim a vida se evade, veloz
fica o fim da memória frio e solitário
e nela o remoto horizonte dos sonhos.
E eu rememoro e choro,
fico mais perdida ainda!
Num voo indecisa, com a vida desavinda.
Como será para lá do Inverno?
Se o tempo partiu para nunca mais?
Resta minha lágrima de resignação
Nada sei, desconheço o inferno
Afasto-me deste pensar, desta prisão
Ouço minha angústia a tiritar
Mas vivo até ao último minuto
disposta a enfrentar
Nada mais sei, nada mais quero saber
Pavor do vazio?
Medo do medo?
Um negro rasgão é
sombra de mim no coração.
Então depois, só então!
A morte é a minha esperança.
rosafogo
natalia nuno
imagem do blog
imagens para decoupage.
terça-feira, 15 de novembro de 2011
É JÁ ÍDA SEM VOLTA...
O coração anda no sonho iludido
Num vôo alegre, como ave
madrugadora por sobre a seara.
Acaba o sonho surge a ferida
que não sara.
O coração é imprudente
Mais do que suponho!
Não há nada que não invente!
Corre atrás do sonho.
Ninguém pergunte seu destino
Nem qual a razão
deste insensato desatino.
Vive ancorado na ilusão
esquece a dor,
o desalento e o temor
e vive choroso, ou com alegria.
Bate apressadamente durante o dia
E compassadamente ao anoitecer
É já ída sem volta...
- Como combóio que parte
Um lenço na estação a acenar.
Os olhos abertos para o fim aceitar.
Tempo vencido,
Aridez das horas vazias
Coração destemido
Vivendo ainda de utopias.
Á espreita para libertar minha solidão,
nega-se á rendição.
Alheio ao passar da hora
Se julga o menino de outrora.
rosafogo
natalia nuno
imagem retirada do blog imagens para decoupage.
domingo, 13 de novembro de 2011
QUERO PARA SEMPRE O DIA!
Levo no peito um vendaval
que me persegue.
Será castigo,
ou dor onde me afogo angustiada?
Meu dia prossigo,
já não sou eu, não sou nada!
Levada p'lo caudal desta tormenta,
estrondoso trovão que rebenta,
ruge em minha alma agitada.
Vagueio entre Abril e Setembro
E já não lembro...!
Vou morrer apagada!
Constelação que já não ilumina
Mas noutra dimensão,
viverá pra sempre a menina.
Ninguém a arrancará de mim
Nem a morte... nem mesmo assim!
O tempo é fantasma no meu passo
Alvorada matutina?
Não... É já só entardecer,
ao resto do dia me abraço.
Ontem era menina,
hoje me sinto a morrer.
Quero para sempre o dia!
E a primavera virá... deixai-me a esperança.
Deixai-me sonhar,
Que há-de surgir o despertar
Esqueço a caminhada sombria.
rosafogo
natalia nuno
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