segunda-feira, 1 de abril de 2024

escrevo à sorte...



tenta-me o impossível
correr atrás das constelações
quando começo a sonhar,
cruzam-se clarões no pensamento
desfraldam-se as palavras
há música no ar...

vivo então a perfeição das horas
ouço o estrondo do trovão
o som da dança das folhagens
o fervor da alma e do coração
e pelos meus olhos passam mil imagens

bom saber que nunca estou só
apesar da solidão me atingir forte,
mergulho nas palavras, enlaço-me, 
dou um nó e,
no papel nevado escrevo à sorte...

natalia nuno