palavras escritas com o coração, em qualquer verso está vazada a saudade poética que a memória canta. A fascinação pelo campo, o idílio das águas, a inquietação o sonho, a ternura o desencanto e a luz, toda uma bagagem poética donde sobressai o sentimento saudade... motivo predilecto da poeta. visite-me também em: http://flortriste1943.blogs.sapo.pt/
quinta-feira, 26 de setembro de 2019
passa o tempo com pressa...
tem tanta pressa
este tempo que me persegue
que mal tive tempo de viver
e este corpo que não quer que eu sossegue
não vê que o tempo tudo lhe tirou
e entretanto a primavera acabou
agora uma pequenina luz bruxuleante
e a vida segue adiante...
passa o tempo com pressa
e uma incerteza deixa
que a vida mal nos conhece
abre-nos os olhos e os mesmos nos fecha
quem dera viver sempre adolescente
o tempo em que se sente
e se descobre o prazer de amar
o doce da entrega,
o amor feito e pronto para recordar
um dia a vida se quebra
já não se sente o que é sentir
nem o tempo que passa a correr importa
pode até sumir, nem o reflorir
de alguns pensamentos que batam à porta
nos trarão o tempo perdido
alguns sonhos teimarão em dizer-nos vivos
mas num longo olhar de eternidade,
haverá apenas um leve fumo a saudade.
natalia nuno
rosafogo
quarta-feira, 25 de setembro de 2019
sonhos fantasiosos...
neste pedaço de céu que me cabe
sou estorninho que bate a asa
ao sabor da saudade
na verdade há sonhos dentro de mim
a amadurecer,
coisas simples que às vezes gosto de escrever
a minha arma é a palavra, palavra nua
com a nudez que me impressiona tanto
ora alegre, ora triste,
não pára de me causar espanto
vou batendo asa sobre o mar,
que a terra já fica para trás,
levo estes sonhos fantasiosos
e olhos para observar
tanto faz...levo a vida a estalar
e mil ideias a soçobrar!
o acaso coloca-me um sorriso triste
e eu já nem sei se existe
palavra para falar de vida
e deixo-me a reflectir como se ela
algum dia fosse nutrida,
desvio o vento, que altera meu caminho
e coloca minhas asas em desalinho
apresso-me a chegar algures
não sei eu e nem sabe ninguém onde,
talvez, nenhures, ou mais além
onde o coração se encha de perfume a flor
e eu encontre paz no meu interior
já avisto os azuis do arco-íris
reluzem já as estrelas, e logo a lua
amanhã voltarei a escrever a palavra nua
para veres e sentires que a vida, ainda pode florescer
natália nuno
rosafogo
sou estorninho que bate a asa
ao sabor da saudade
na verdade há sonhos dentro de mim
a amadurecer,
coisas simples que às vezes gosto de escrever
a minha arma é a palavra, palavra nua
com a nudez que me impressiona tanto
ora alegre, ora triste,
não pára de me causar espanto
vou batendo asa sobre o mar,
que a terra já fica para trás,
levo estes sonhos fantasiosos
e olhos para observar
tanto faz...levo a vida a estalar
e mil ideias a soçobrar!
o acaso coloca-me um sorriso triste
e eu já nem sei se existe
palavra para falar de vida
e deixo-me a reflectir como se ela
algum dia fosse nutrida,
desvio o vento, que altera meu caminho
e coloca minhas asas em desalinho
apresso-me a chegar algures
não sei eu e nem sabe ninguém onde,
talvez, nenhures, ou mais além
onde o coração se encha de perfume a flor
e eu encontre paz no meu interior
já avisto os azuis do arco-íris
reluzem já as estrelas, e logo a lua
amanhã voltarei a escrever a palavra nua
para veres e sentires que a vida, ainda pode florescer
natália nuno
rosafogo
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